
Ambiente Hospitalar - Um perigo invisível
Pelo fato de ser um local onde estão reunidas pessoas com diferentes enfermidades em busca de tratamento, em um hospital há uma quantidade consideravelmente maior dos invisíveis e silenciosos micro-organismos que provocam as temidas infecções hospitalares.
Com o passar dos anos, foi sendo observada a necessidade de implantação de medidas rígidas de higiene e esterilização de ambientes, utensílios e equipamentos utilizados por médicos e enfermeiros, o que tornou os hospitais (que as seguem) seguros para a maioria das pessoas, no entanto, para alguns grupos considerados como “grupos de risco”, são locais nos quais não se deve permanecer por mais tempo que o necessário.
Nesse artigo, vamos abordar a fundo sobre o que são infecções hospitalares e o motivo pelo qual elas são um risco elevado para pacientes em tratamento de câncer.
O que são infecções hospitalares?
Imagine a seguinte situação: você vai ao hospital para a investigação de sintomas e descobre que está com um determinado tipo de infecção que vai requerer uma internação. Contudo, enquanto está no ambiente hospitalar, acaba contraindo uma segunda infecção completamente nova, algo que não tinha antes de entrar na instituição de saúde.
Infecção hospitalar refere-se a qualquer tipo de infecção adquirida por pacientes durante sua estadia em um hospital ou outra instituição de cuidados médicos. Elas podem ocorrer como resultado de vários fatores, incluindo falta de higiene adequada, uso impróprio ou excessivo de antibióticos e até mesmo por meio da transmissão entre pacientes e profissionais da saúde.
O mais alarmante é que essas infecções podem ser causadas por microrganismos resistentes a medicamentos convencionais. Essa resistência torna as infecções hospitalares particularmente difíceis de tratar e potencialmente perigosas, não respondendo aos antibióticos comuns e tornando-se superinfecções.
Não necessariamente uma infecção hospitalar será uma superinfecção, mas as chances de isso acontecer são consideravelmente maiores dentro desse ambiente.
Os pacientes oncológicos
Em meio ao tratamento oncológico, seja quimioterapia, radioterapia ou outras abordagens, a imunidade do paciente pode ser severamente comprometida. O motivo disso é simples: muitos dos tratamentos oncológicos, embora estritamente necessários, podem, em alguns casos, não distinguir tão bem as células do câncer das células normais e atacar ambas, enfraquecendo, assim, o sistema imunológico e deixando os pacientes mais suscetíveis a infecções.
Nesse contexto, com o sistema imunológico já fragilizado pela doença, pela luta contra a doença e pelos efeitos colaterais dos tratamentos, o organismo se torna alvo fácil para vírus e bactérias presentes no ambiente hospitalar.
Consegue imaginar o efeito que uma superinfecção causaria em um sistema imunológico debilitado e a tamanha dificuldade para o tratamento?
As infecções mais frequentes
Dentre as principais infecções hospitalares que afetam pacientes em tratamento de câncer, podemos citar as pneumonias associadas à ventilação mecânica. Trata-se de infecções pulmonares graves que podem ocorrer em pessoas que precisam do auxílio de respiradores.
Outra infecção hospitalar bastante prevalente é a do trato urinário (ITU), muitas vezes associada ao uso prolongado de cateteres vesicais. Os sintomas podem variar desde desconforto leve até quadros graves com sepse.
As infecções de corrente sanguínea relacionadas ao cateter venoso central (CVC) também merecem destaque. Pacientes oncológicos frequentemente necessitam desses dispositivos para administração de medicamentos e coleta de exames, tornando-os vulneráveis a tais infecções.
E por fim, temos as Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC), que podem ocorrer após qualquer procedimento cirúrgico.
A recomendação
Uma infecção que atinge um organismo com o sistema imunológico enfraquecido, por mais que a mesma não seja resistente a tratamentos, tende a evoluir de forma muito rápida e pode, até mesmo, levar a um quadro de sepse, ou seja, uma infecção generalizada, extremamente perigosa e comprometedora, trazendo, assim, um grave risco à saúde da pessoa.
Sabendo dessas informações, a equipe oncológica sempre recomenda que os pacientes que estão em tratamento de câncer não permaneçam em ambiente hospitalar por mais tempo que o estritamente necessário, uma vez que a própria interação entre diferentes pacientes já pode ser suficiente para a transmissão de alguma enfermidade, mesmo que os profissionais de saúde estejam seguindo todo o protocolo de higiene.
A Vivere – Clínica de Oncologia, mesmo sendo anexa à parte estrutural do Hospital São João Batista na cidade Nova Prata - RS, fica localizada em uma área separada da área hospitalar, pensando no maior cuidado e segurança aos pacientes.
Seguindo as orientações nesse artigo juntamente às orientações passadas pela equipe de saúde ao chegar a um hospital, você terá uma chance consideravelmente menor de contrair infecções hospitalares e comprometer sua saúde.
Referência: Instituto Nacional de Câncer, Dr. Drauzio Varella. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.
Redação: Thomas Shepherd e Infinity Copy IA.