Câncer de Pele - O Mais Frequente no Brasil
Em mais um ano, o câncer de pele continua a ser o mais frequente no Brasil e, nesse artigo, nós vamos explicar para você os motivos por trás dessa alta frequência de desenvolvimento, assim como um comparativo entre os dois principais tipos.
O câncer de pele acontece quando as células da pele sofrem danos e passam por uma mutação no DNA celular, resultando em um desenvolvimento desordenado e descontrolado das células que tem como consequência a formação de lesões que assumem diferentes gravidades, tamanhos, aspectos e cores, e possuem diferentes classificações em tipos, sendo os dois principais deles o Melanoma e o Não Melanoma.
Frequência
A alta frequência do câncer de pele no Brasil, especialmente o tipo Não Melanoma, sendo superior à de todos os outros tumores, se dá por dois principais motivos: a alta incidência solar e o tamanho do órgão.
O Brasil é um país com muita incidência solar na maioria das regiões, independente da estação do ano. Já em relação ao tamanho do órgão, nos referimos ao fato de a pele ser o maior órgão do corpo humano, sendo o principal órgão afetado por fatores de risco que envolvem exposição a raios UV e temperaturas muito elevadas.
Não Melanoma
O tipo Não Melanoma inicia-se com pequenas alterações na pele, muitas vezes ignoradas. Isso inclui carcinomas basocelulares e espinocelulares - dois dos tipos mais comuns - cada um com suas peculiaridades.
O carcinoma basocelular tem origem nas camadas mais profundas da epiderme e é menos propenso a se espalhar para outras partes do corpo. Já o carcinoma espinocelular começa na camada superior da pele. Os carcinomas espinocelulares tendem a ser mais agressivos em áreas frequentemente expostas ao sol, como rosto ou mãos. Em contrapartida, embora os carcinomas basocelulares cresçam lentamente e raramente metastatizam para outras partes do corpo.
Entre os tumores na pele, esse é o tipo de menor mortalidade, embora seja o de maior frequência, mas pode deixar mutilações visíveis e consideravelmente incômodas se não tratado apropriadamente e a tempo.
Melanoma
O melanoma se origina nos melanócitos - células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor à nossa pele. Embora seja o menos comum entre os cânceres de pele, correspondendo a cerca de 4% dos casos, o melanoma é responsável pela maioria das mortes por essa categoria de doenças. A agressividade do melanoma está intrinsecamente ligada ao seu estágio, uma vez que se caracteriza por sua rápida progressão e alta capacidade de metástase.
Em fases iniciais, quando ainda se encontra restrito à camada mais superficial da pele (epiderme), as chances de cura são bastante elevadas. No entanto, conforme avança para as camadas mais profundas (derme e hipoderme) e atinge outros órgãos através da circulação sanguínea ou linfática, o prognóstico do melanoma torna-se menos favorável.
Sinais
O câncer de pele não melanoma pode se apresentar como feridas que não cicatrizam, manchas escamosas ou avermelhadas na pele e nódulos rosados ou perolados.
O melanoma, por sua vez, aparece como uma mancha ou pinta irregular na pele, esta lesão tem bordas irregulares e coloração variada, podendo ser preta, marrom, branca ou vermelha. Além disso, o tamanho da lesão tende a aumentar com o tempo. Entre os sintomas mais comuns do melanoma estão coceira, dor e também sangramento nas manchas.
Fatores de Risco
A exposição solar sem a devida proteção, especialmente em horários de pico, é o principal fator de risco, uma vez que os raios ultravioletas do sol danificam o DNA das células da pele, por isso, é recomendado evitar a exposição solar entre as 10 e às 16h e adotar o uso de protetor solar (com fator de proteção 30, ou superior), sombrinhas (especialmente com duplo tecido ou proteção UV), roupas com proteção UV, óculos de sol, e chapéus de abas largas.
Além da exposição solar intensa e repetida sem a utilização da proteção adequada, outros elementos como o histórico familiar da doença e o tipo de pele podem influenciar.
Pessoas com peles claras, cabelos loiros ou ruivos, olhos claros e sardas têm maior propensão ao desenvolvimento do câncer de pele. Isso ocorre porque esses indivíduos possuem menos melanina, pigmento responsável pela coloração da pele, em sua composição genética, dessa forma, sua proteção natural contra os raios UV é reduzida.
Outro fator significativo é a idade: conforme envelhecemos nosso corpo se torna mais vulnerável a diversas doenças incluindo o câncer de pele. Pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou que passaram por transplante de órgãos estão entre as que têm maior chance de desenvolver este tipo da doença.
O que fazer?
Além de utilizar as medidas de proteção que mencionamos acima e evitar a exposição solar em horário de pico, estar atento à própria pele certamente possibilita a identificação do câncer assim que os primeiros sinais aparecerem.
Manchas e sinais que não estavam ali antes, manchas que coçam constantemente, que sangram e que crescem gradativamente são fortes sinais de alerta.
Ao notar esses sinais, o ideal é que seja buscada a avaliação de um médico, especialmente um médico dermatologista, para que, em caso de confirmação de câncer, o tratamento possa ser iniciado o quanto antes, evitando, assim, o comprometimento da sua saúde e qualidade de vida.
Referências: Instituto Nacional de Câncer, Dr.Drauzio Varella,
Redação: Thomas Shepherd e Infinity Copy IA.